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23/04/10

Demónios da noite


Quando a noite cai
Derruba-se sobre o meu corpo
A sombra da tristeza
Que me cobre de lágrimas
Crava-se no meu peito
Um punho cerrado
Que me esmaga o coração
E eu tombo, desfalecida
Com o peso que carrego
Este fardo maldito da solidão...

Virá o dia em que serei livre
e nesse dia talvez consiga voar
Mas hoje, já derrotada
tropeço nas palavras
Ferindo-me, por não ser amada

Oh sorte maldita
Que em mim te colaste
Vade retro, satanás
Tudo que eu quero é paz!


Maria Escritos
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