Page copy protected against web site content infringement by Copyscape

04/03/10

Nota da autora in "Afrodite, ou as brumas de uma paixão incontida"


Surgida das brumas do mar, Afrodite foi imortalizada pelas mãos de grandes mestres. No entanto, há duas versões sobre o nascimento desta grande Deusa. Na versão de Homero, Afrodite nasce de modo convencional, como sendo filha de Zeus e Dione, ninfa do mar. Já na versão de Hesíodo, ela nasce como consequência de um acto bárbaro. Cronos, cortou os órgãos de seu pai Urano e atirou-os ao mar. Uma espuma branca surgiu em torno deles e misturando-se no mar, gerou Afrodite. Sendo assim, Afrodite é filha do Céu e do Mar, a Deusa Mãe original em muitas tradições, e o primeiro fruto da separação do céu e da terra.
Como foi gerada no mar, é a filha do começo, é a figura que, igual à Deusa original, volta a unir as formas separadas de sua criação. Nesse sentido, Afrodite "nasce" quando as pessoas recordam, com alegria, o vínculo que une os seres humanos com os animais e com toda a natureza e ainda, quando percebem esse vínculo como uma realidade clara e sagrada.
O mito sugere que isso aconteceu mediante o amor. A união converteu-se em reunião, pois do amor que gera vida faz-se o eco do próprio mistério da vida.

“Também eu, Haafrodite, surgi um dia através das brumas de um mundo virtual. Do meu passado nada reza na história, excepto nas crónicas que nós dois vamos deixar gravadas nas páginas dos nossos dias, das nossas realizações. E a nossa história remonta há cinco anos atrás.

Naquele dia, tu surgiste vindo do nada e eu do nada te apareci. Por entre a névoa de um mar povoado, tu destacaste-te aos meus olhos pela tua doçura, e eu, talvez pelo meu nome.

Distantes e afastados pela terra que habitamos, o fulgor que me deste a partir do teu monte Olimpo, acendeu em mim uma chama que tem ardido até hoje. Em mim, essa centelha de luz gerada de ti, concebeu a névoa da minha labareda, com todo o resplendor, e que nestas páginas deixo gravadas para que durem uma eternidade.

Tu, meu “Deus Grego”, serás sempre o criador deste mistério ou destas brumas da minha paixão incontida”


Eternamente tua,
Haafrodite


Maria Escritos
© Todos os direitos reservados

2 comentários:

  1. Vim dar ao seu cantinho por acaso. Andava à procura na net de uma imagem de uma mulher a chorar para colocar num post no meu blog. Foi assim que vim dar ao seu espaço fantástico de escrita.
    Deixo-lhe então este recadito para lhe dizer que lhe furtei uma imagem e, sobretudo, que gostei muito dos seus "desabafos".
    Parabéns.
    Luís Fernandes

    ResponderEliminar
  2. jÁ ESCREVI E SINTO-ME FELIZ POR SERES UMA POETISA QUE NÃO TE ESCONDES, E TRANSMITES MUITOS SENTIMENTOS REAIS DE UMA MULHER APAIXONADA E SEXUALMENTE REAL.
    OS PENSAMENTOS NÃO CABEM NUMA GAIOLA NEM SOMOS JÁ PÁSSAROS DE ASAS CORTADAS.

    ResponderEliminar