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18/02/10

Indelével



Quando me tocaste
E eu te senti,
As palavras saíram loucas
Desenfreadas, desgovernadas
Atabalhoando-se na minha boca

Lutei para as prender
E travar o turbilhão
Contacto suave e indelével
Cândida erupção
Que em mim rompeu

Roguei às palavras despegadas
Que se emparelhassem
Ao toque da melodia divina que conheci
Ordenei-as num branco imaculado
E poesia, senti.



Maria Escritos
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